O mercado de trabalho na indústria da construção registrou resultados significativos no primeiro semestre de 2024, reforçando as expectativas positivas de crescimento do setor. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou sua projeção de crescimento do PIB da Construção Civil, de 2,3% anunciado em março, para 3% em uma coletiva de imprensa realizada em 29 de julho. A coletiva contou com a presença do presidente da CBIC, Renato Correia, da economista da entidade, Ieda Vasconcelos, e do gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo.

Os dados do Novo Caged, divulgados nesta terça-feira (30), revelam que em junho o setor da construção teve um crescimento consecutivo pelo sexto mês, criando 21.449 novas vagas com carteira assinada. Esse número representa um aumento de 14,61% em relação a maio (18.714) e uma elevação de 3,61% em comparação com junho de 2023, quando foram geradas 20.701 vagas. “Isso eleva o total de trabalhadores formais na Construção Civil para 2,929 milhões,” destacou Ieda Vasconcelos.

Ao longo do primeiro semestre de 2024, a Construção Civil gerou um total de 180.779 novos postos de trabalho, refletindo um crescimento de 6,74% em comparação ao mesmo período de 2023 (169.371). Todos os três principais segmentos da Construção Civil registraram crescimento: 74.303 novos empregos na Construção de Edifícios, 47.013 nas Obras de Infraestrutura e 59.463 nos Serviços Especializados na Construção.

Um aspecto interessante é a distribuição etária dos novos contratados, com 45,90% dos 180.779 novos empregos ocupados por trabalhadores entre 18 e 29 anos. Geograficamente, os estados de São Paulo (44.346), Minas Gerais (24.420) e Rio de Janeiro (14.843) lideraram na geração de novas oportunidades de emprego no setor.

Apesar de representar apenas 6,26% da força de trabalho formal do país, a Construção Civil foi responsável por 13,92% das novas vagas criadas. Nos últimos 12 meses, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor aumentou 6,09%, passando de 2,761 milhões em junho de 2023 para 2,929 milhões em junho de 2024.

Segundo Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, esses resultados demonstram a importância do setor da construção para o fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro. “Esses números evidenciam a contribuição significativa da construção para a economia do país,” concluiu.