Em fevereiro de 2024, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor da construção civil no Brasil cresceu 6,71% em comparação a fevereiro de 2023, totalizando 2,829 milhões de trabalhadores, um aumento de 178 mil empregados. Esse crescimento ocorreu nos três segmentos do setor: construção de edifícios (5,72%), obras de infraestrutura (7,25%) e serviços especializados (7,40%), conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Desde o início da pandemia de Covid-19 até fevereiro de 2024, o setor registrou a criação de 712 mil novos empregos formais, representando 11,46% dos 6,218 milhões de novos empregos criados no país durante esse período. Em fevereiro de 2024, o setor atingiu o maior número de trabalhadores formalizados desde janeiro de 2015.

Durante a coletiva de imprensa online “Desempenho Econômico da Construção Civil no 1º Trimestre de 2024 e Perspectivas”, realizada nesta segunda-feira (29), foram divulgados dados importantes sobre emprego e atividade econômica no setor. A construção civil foi responsável por 17,23% dos novos empregos formais no país nos primeiros dois meses de 2024, com a criação de 81.774 novas vagas, um aumento de 32,88% em relação ao mesmo período de 2023.

O salário médio de admissão no setor, em fevereiro de 2024, foi de R$ 2.237,53, superior à média nacional de R$ 2.082,79 e abaixo apenas do setor de Administração Pública, Defesa, Segurança, Educação, saúde humana e serviços sociais. A CBIC revisou sua previsão de crescimento do PIB do setor para 2024 de 1,3% para 2,3%, acima das expectativas para o PIB do Brasil.

São Paulo liderou a criação de empregos no setor nos primeiros dois meses de 2024, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Nos municípios, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Belo Horizonte e Salvador foram os que mais geraram empregos. Apenas Amapá, Rondônia, Maranhão e Piauí apresentaram resultados negativos no mercado de trabalho do setor durante esse período.