José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP, e Gianfranco Pampalon, consultor de Segurança do Trabalho, apontam várias causas para os acidentes por choques elétricos nas obras, como a ausência de projetos, o não cumprimento de normas, gambiarras, a falta de qualificação dos eletricistas, e o uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Durante a campanha Abril Verde e em alusão ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho (28 de abril), eles ressaltam que os acidentes graves e fatais causados por choques elétricos são os terceiros mais comuns na construção civil, correspondendo a 20% do total de acidentes, ficando atrás apenas de quedas de trabalhadores e de materiais.

Eles destacam que além dos danos físicos severos ou fatais aos trabalhadores, esses acidentes geram custos elevados para as construtoras, afetando não só os trabalhadores mas também os equipamentos elétricos e o progresso das obras. A ausência de um projeto adequado pode resultar em superaquecimento, incêndios, sobrecargas e aumento do consumo de energia.

Bassili e Pampalon oferecem várias recomendações para evitar esses acidentes, incluindo a necessidade de formação adequada dos profissionais eletricistas, a elaboração de projetos de instalações elétricas temporárias bem executados, a utilização correta e inspeção de EPIs, a compra de materiais elétricos de fornecedores confiáveis, a avaliação rigorosa de empresas terceirizadas, manutenção periódica das instalações, e a implementação de sinalizações adequadas no local de trabalho. Eles enfatizam que o cumprimento das Normas Regulamentadoras e das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é fundamental para a prevenção de choques elétricos em canteiros de obras.