Cenário de transição energética é destaque no 96º ENIC

Publicado em 13 de abril de 2023 por



A necessidade de maior investimento em energias renováveis fez parte do debate no primeiro dia de painéis do 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), na FEICON, em São Paulo.

O debate sobre o tema foi considerado fundamental pelo presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC/CBIC), Ilso de Oliveira, pelo potencial brasileiro. “Apesar de o Brasil ter uma matriz energética limpa, para que a economia cresça, precisamos aumentar consideravelmente a capacidade de geração de energia e priorizar em fontes limpas. Uma oportunidade pode ser até o uso da energia gerada e exportar para obter receita. Então é fundamental esse debate”, apontou.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA/CBIC), Nilson Sarti, apontou o papel da construção no investimento em energias renováveis.  “A cadeia da construção só vai atingir a meta de redução de carbono se todo setor se movimentar, em cada segmento”, disse.

O Brasil está em 4º lugar do ranking entre os 10 países que mais investiram em energia fotovoltaica em 2022, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia. O dado foi apresentado pelo coordenador do Estado do Pará da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Daniel Sobrinho, durante o painel “Potencial de investimentos em energia renovável”.

Já em relação a energia eólica, o país se destaca em 3º no ranking internacional em novas instalações onshore. O fator de capacidade está, inclusive, acima da média mundial, com 52%, apontou o especialista técnico regulatório da Associação brasileira de energia eólica e novas tecnologias (ABEEólica),  Riomar Merino Jorge.

“A geração por energia eólica já se aproxima de 11% da potência energética do Brasil, contando com 750 parques eólicos instalados, com mais de 10 mil torres”, apontou Jorge.

Na indústria de cerâmica brasileira o mercado já conta com o uso do biometano, segundo o presidente do conselho de administração da ANFACER, Benjamin Ferreira Neto. De durabilidade incomparável, a cerâmica é a opção de revestimento mais sustentável disponível no mercado, apontou.

O uso do produto derivado do biogás é considerado uma fonte de energia limpa e renovável, e possui uma “pegada negativa” de carbono, ressaltou Neto. “O setor dá mais um passo no que diz respeito à sustentabilidade ao adotar o biometano”, disse.

Este painel tem interface com o projeto “Cenários e Transição para uma Economia da Indústria da Construção de Baixo Carbono”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade – CMA/CBIC, e “Sustentabilidade das Empresas de Obras Industriais e Corporativas”, da Comissão de Obras Industriais e Corporativas – COIC/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

O 96º Enic é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), conta com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate, Brain e Ingevity.

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