CBIC enfatiza a importância da cadeia produtiva na renovação de áreas urbanas.
Publicado em 26 de março de 2024 por
A revitalização de áreas urbanas e a preservação do patrimônio histórico no Brasil foram os temas em destaque durante o terceiro dia de debates da Expo Revestir, em São Paulo, nesta quinta-feira (21). A feira, organizada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), reuniu mais de 300 marcas, apresentando tendências de mercado, tecnologia, inovação e sustentabilidade.
O objetivo do debate foi ressaltar a importância da colaboração entre os setores público e privado para garantir o sucesso e a sustentabilidade dos esforços de revitalização urbana, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e melhorando a qualidade de vida nas cidades brasileiras, conforme enfatizado pelos especialistas.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, destacou que a construção é fundamental para enfrentar os principais desafios enfrentados pelas cidades. Ele observou que o Brasil ainda enfrenta um déficit habitacional de 6 milhões de moradias e mais de 100 milhões de pessoas sem acesso adequado ao saneamento básico. Correia enfatizou a necessidade de cooperação entre as diversas categorias profissionais envolvidas no setor e incentivou arquitetos e engenheiros a desempenharem um papel crucial nesse processo.
Ele ressaltou a importância da transição da construção para uma abordagem mais moderna e sustentável, destacando a necessidade de maior capacitação, inovação, respeito ao meio ambiente e entrega de habitações e saneamento de qualidade à população.
Durante o evento, foi apresentado o caso da Cidade Matarazzo, o maior projeto privado de restauração com preservação do patrimônio histórico do Brasil. Alexandre Allard, fundador do projeto, compartilhou detalhes sobre a restauração de um complexo de dez edifícios com patrimônio tombado, localizado próximo à Avenida Paulista, em São Paulo. O projeto visa promover uma mudança na cadeia de produção no Brasil, incentivando o reuso de materiais de construção, a preservação ambiental e a integração entre patrimônio histórico e natureza.
Também foram discutidos casos de regeneração urbana e habitação social no Rio de Janeiro e Recife pelo arquiteto e urbanista Marcelo Ignatios, bem como a revitalização do Jardim de Alah, na capital fluminense, pelos arquitetos Miguel Pinto Guimarães e Sergio Conde Caldas.
O debate contou ainda com a participação do presidente da Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo (AsBEA-SP), Gustavo Garrido, o proprietário e publisher da Arco Editoria, Fernando Mungioli, e a CEO & Fundadora da Architecture Hunter, Amanda Ferber.