Apesar da queda nas expectativas em setembro, o setor da construção mantém um sentimento otimista.

Publicado em 26 de setembro de 2023 por



Em setembro, as expectativas dos empresários da indústria da construção para o desempenho futuro da atividade, empregos, compras de insumos e novos empreendimentos sofreram uma queda em relação ao mês anterior. No entanto, mesmo com essa queda, os indicadores permanecem em níveis positivos. Essas conclusões foram tiradas a partir da pesquisa Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A pesquisa ouviu 353 empresas, incluindo pequenas, médias e grandes, entre 1º e 13 de setembro.

A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, destaca que essa pesquisa confirma as previsões da CBIC, que indicam uma desaceleração no crescimento do setor, com uma previsão de crescimento de 1,5% em 2023. Ela mencionou que fatores como as altas taxas de juros e o atraso nas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida contribuíram para a redução no ritmo do segmento.

A economista da CNI, Paula Verlangeiro, explicou que, embora os indicadores tenham caído em setembro, eles ainda estão acima dos 50 pontos, o que indica expectativas otimistas. No entanto, esse otimismo está menos intenso e menos generalizado do que no mês anterior, devido a fatores como o anúncio das novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida e as altas taxas de juros, que, apesar de terem diminuído, ainda estão em níveis elevados e estão restringindo as atividades produtivas.

A pesquisa também revelou que o índice de evolução do nível de atividade na indústria da construção ficou em 48,7 pontos em agosto, indicando que o nível de atividade está em queda. Além disso, o índice de evolução do número de empregados na construção ficou em 48,3 pontos, o que significa uma queda no emprego no setor.

O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção também teve uma queda de 3,3 pontos em setembro, atingindo 53,1 pontos. Embora ainda esteja acima dos 50 pontos, essa queda indica uma menor confiança entre os empresários do setor.

Apesar dessas quedas nas expectativas e na confiança, a intenção de investimento permanece em um patamar elevado em comparação com a média histórica, o que sugere que a intenção de investir ainda está relativamente alta.

*Informações da Agência de Notícias da Indústria

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