Em março, a indústria da construção no Brasil criou 28.666 novos empregos, representando um aumento de 1,01% em comparação com o mês anterior. No primeiro trimestre do ano, o setor adicionou 109.911 empregos, um crescimento de 4%, e nos últimos 12 meses, registrou um incremento de 173.350 postos, um aumento de 6,53%.

Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 30 de abril. No total, todos os setores econômicos do país geraram 244.315 empregos em março, com a construção respondendo por 11,7% desse total.

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, expressou preocupação com as perspectivas futuras para o setor, atribuindo-as à recente decisão do governo federal de suspender a desoneração da folha de pagamentos. Segundo Estefan, essa mudança aumentará os custos das obras, desestimulando novos investimentos e contratações, e poderá ter impactos negativos em programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, prejudicando principalmente as faixas de renda mais baixa.

Em termos de geração de empregos por setores em março, a construção ficou atrás apenas dos setores de serviços, comércio e indústria, e à frente da agropecuária, que apresentou saldo negativo.

No segmento de atividades imobiliárias, parte do setor de serviços, foram criados 902 novos empregos em março, acumulando um aumento de 1,11% no trimestre e de 2,82% nos últimos 12 meses.

Até o final de março, o setor da construção empregava um total de 2.860.879 trabalhadores com carteira assinada. O estado de São Paulo liderou a criação de empregos no setor no mês, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Por outro lado, alguns estados como Acre, Amapá, Piauí, Ceará e Mato Grosso do Sul registraram uma redução nos postos de trabalho na construção.