No primeiro mês do ano, o custo da construção registrou um aumento de 0,27%.

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 por



No primeiro mês do ano, o custo da construção registrou um aumento de 0,27%, conforme dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última terça-feira (6). Embora o custo com materiais e equipamentos tenha se mantido estável, com uma variação de 0,07%, os custos com mão de obra e serviços cresceram 0,48% e 0,62%, respectivamente.

Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, esse cenário reflete a manutenção de custos elevados no setor, sem sinal de retorno aos níveis pré-pandemia. Ela observa que nos últimos quatro anos, os custos acumularam um aumento de 57,99%, muito acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período, que foi de 27,31%.

O estudo da FGV destacou que as principais elevações de custo em janeiro ocorreram em projetos (0,72%), esquadrias de alumínio (0,76%), cimento Portland comum (1,06%), servente (0,97%) e engenheiro (0,58%).

Além disso, todas as capitais componentes do INCC/FGV registraram aumento nos custos com mão de obra: Belo Horizonte (0,16%), Brasília (0,06%), Porto Alegre (0,21%), Recife (0,43%), Rio de Janeiro (0,60%), Salvador (0,30%) e São Paulo (0,69%).

Para 2024, a expectativa é que o custo com materiais de construção continue registrando estabilidade relativa, enquanto a maior pressão para o aumento do INCC neste ano deverá ser observada nos custos com mão de obra, conforme apontado por Ieda.

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