Em setembro de 2024, o setor da construção civil gerou 17.024 novos empregos formais, segundo dados do Novo Caged divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse resultado representa um aumento de 27% em relação a agosto, quando foram criadas 13.372 vagas. Comparado a setembro de 2023, no qual foram registradas 20.941 novas oportunidades, a criação de empregos deste ano apresenta um cenário positivo, ainda que levemente inferior ao mesmo mês do ano passado.

De modo geral, o setor acumulou 231.337 empregos com carteira assinada até setembro, o que representa um crescimento de 8,2% em relação ao total de 213.643 vagas preenchidas até agosto. Em setembro de 2023, esse saldo era de 243,4 mil. No total, o Brasil registrou 247.818 novos postos de trabalho formais em setembro, alcançando um crescimento de 21,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 204.670 empregos. Este foi o volume mais alto de criação de empregos para o mês desde 2022.

Nos primeiros nove meses de 2024, o país abriu 1.981.557 vagas, um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse número representa o maior resultado acumulado desde 2022, quando foram criados 2.181.100 empregos de janeiro a setembro. A metodologia atual do Caged, implementada a partir de 2020, não permite comparações com anos anteriores.

Setores em Destaque

Entre os setores de atividade, quatro dos cinco ramos pesquisados registraram crescimento no número de empregos formais em setembro. A liderança foi do setor de serviços, com a criação de 128.354 postos, seguido pela indústria (incluindo transformação, extração e outros), que gerou 59.827 novas vagas. O comércio também apresentou alta, adicionando 44.622 postos de trabalho. A construção civil contribuiu com 17.024 novas contratações. Apenas o setor agropecuário registrou queda, com o fechamento de 2.004 vagas, devido ao término da safra de alguns produtos.

No setor de serviços, os maiores impulsos vieram do segmento de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que adicionou 55.860 vagas. A área de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais também foi expressiva, criando 31.046 postos.

Na indústria, o segmento de transformação foi destaque, gerando 45.803 novas vagas, seguido pela área de gestão de água, esgoto, resíduos e descontaminação, com a adição de 2.285 postos.

Regiões e Unidades da Federação

Todas as regiões do Brasil apresentaram crescimento no número de empregos formais em setembro. O Sudeste liderou, com a abertura de 98.282 postos, seguido pelo Nordeste, com 77.175 novas vagas. O Sul registrou 38.140 empregos, o Norte 15.609, e o Centro-Oeste 15.362, o menor resultado devido ao encerramento da safra.

Entre as unidades da Federação, São Paulo foi o estado com maior saldo positivo, com 57.067 novas vagas, seguido pelo Rio de Janeiro, que adicionou 19.740 postos, e Pernambuco, com 17.851. Já os estados com menor número de novos empregos foram Rondônia (+599), Roraima (+729) e Acre (+955).