Detectado precocemente, o câncer de próstata tem maiores chances de cura, tornando essencial a consulta anual ao urologista e a realização de exames de rastreamento. A recomendação vem do Dr. Paulo Fischer, urologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), que reforça a importância do Novembro Azul, campanha voltada à conscientização sobre essa doença silenciosa e frequentemente assintomática. No Brasil, cerca de 30% dos casos de câncer em homens são de próstata, com previsão de 71.730 novos diagnósticos em 2023, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Prevenção e Exames

Para homens a partir dos 45 anos, a consulta anual ao urologista é essencial. No entanto, quem tem histórico familiar de câncer de próstata deve começar o acompanhamento aos 40. O protocolo de exames inclui ultrassonografia de rins, bexiga e próstata, análise de PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue e o toque retal. Dr. Fischer comenta que a conscientização sobre a importância do toque tem contribuído para a redução do preconceito em relação a esse exame crucial.

Sintomas a Observar

A próstata, uma pequena glândula localizada abaixo da bexiga e à frente do reto, circunda a uretra, que transporta a urina armazenada. O câncer de próstata é prevalente entre homens mais velhos, com cerca de 75% dos diagnósticos ocorrendo após os 65 anos. Sintomas como dificuldade para urinar, jato de urina fraco, necessidade frequente de urinar e sangue na urina podem sinalizar a doença e devem ser investigados prontamente.

Opções de Tratamento

Quando há suspeita de câncer, a ressonância multiparamétrica da próstata é o primeiro passo para avaliar a presença de nódulos ou lesões. Caso haja sinais de malignidade, uma biópsia será realizada para confirmação. Nos estágios iniciais, a prostatectomia, que é a remoção da próstata e tecidos circundantes, ou a radioterapia são as opções mais indicadas.

Fischer observa que a cirurgia robótica assistida para casos localizados é uma opção minimamente invasiva, proporcionando recuperação rápida. Medicamentos mais modernos também estão disponíveis, embora ainda apresentem custo elevado. Em casos mais avançados, pode ser necessário o bloqueio hormonal para reduzir a produção de hormônios masculinos, retardando a progressão do câncer. Em casos de metástase, a escolha do tratamento será definida por um oncologista.

Acompanhamento Pós-Tratamento

Após o tratamento, o paciente deve fazer o acompanhamento regularmente: a cada quatro meses no primeiro ano, a cada seis meses nos anos seguintes, e anualmente após cinco anos. O monitoramento é fundamental e deve ser mantido ao longo da vida para garantir a saúde.