Pelo quarto mês consecutivo em 2024, a construção civil apresentou resultados positivos no mercado de trabalho formal. Em abril, o setor criou 31.893 novos empregos com carteira assinada. Desses, 48,80% (15.564) foram na construção de edifícios, 33,61% (10.719) nos serviços especializados para a construção, e 17,59% (5.610) nas obras de infraestrutura. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (29).

Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destacou que, em abril, o setor contava com 2,889 milhões de trabalhadores, representando 6,22% do total de empregos formais no país (46,676 milhões). “A participação do setor no número total de novos empregos gerados (considerando todos os setores de atividade) foi de 13,29%”, observou.

Segundo a Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da CBIC, os empresários do setor permanecem otimistas para os próximos seis meses. “As expectativas são positivas para os lançamentos de novos empreendimentos, a geração de novos empregos, a compra de insumos e o nível de atividade. A tendência permanece positiva, embora existam desafios, como a alta taxa de juros”, comentou Ieda.

Nos primeiros quatro meses de 2024, o setor da construção gerou 141.428 novos empregos, com destaque para a construção de edifícios, que criou 61.428 novos postos, os serviços especializados para a construção com 47.413 novas vagas, e as obras de infraestrutura com 32.587.

Dos 141.428 novos empregos gerados pela construção entre janeiro e abril de 2024, 126.790 foram de homens e 14.638 de mulheres. Analisando as faixas etárias, 47,51% dos novos trabalhadores contratados têm até 29 anos, 25,03% estão na faixa dos 30 aos 39 anos e 27,46% têm 40 anos ou mais.

“O retrato do mercado de trabalho com carteira assinada confirma as expectativas positivas de crescimento da construção civil em 2024. De acordo com a última projeção da CBIC, realizada em abril de 2024, o setor deverá crescer 2,3% este ano”, concluiu a economista.