Inovações em práticas sustentáveis contribuem para a minimização dos impactos ambientais na indústria da construção.
Publicado em 9 de janeiro de 2024 por
A sinergia entre pautas sustentáveis e o estímulo à inovação tem sido crucial para o progresso na indústria da construção. A busca por práticas mais sustentáveis e contemporâneas não apenas preserva o meio ambiente, mas também gera benefícios econômicos e sociais a longo prazo.
Nesse contexto, o setor está promovendo uma transformação nos empreendimentos brasileiros, e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) incorporou o compromisso de apoiar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU por meio de iniciativas da entidade. O vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, Nilson Sarti, enfatizou a importância desse compromisso.
Segundo Sarti, as edificações sustentáveis representam uma abordagem inovadora e responsável na construção, visando minimizar o impacto ambiental e promover maior eficiência energética. Ele destacou que essas construções consideram critérios como eficiência no uso de recursos, redução de resíduos e utilização de materiais ecoeficientes. Além de benefícios ambientais, esse enfoque estende-se a vantagens sociais e econômicas, proporcionando ambientes mais saudáveis e confortáveis.
Edifícios sustentáveis desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas, no uso responsável de recursos, na eficiência no consumo de água e na redução dos custos operacionais, conforme afirmou Liliani Souza, Consultora em Políticas Públicas e Certificação EDGE da Internacional Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial.
Liliani ressaltou que os edifícios verdes são uma maneira impactante e econômica de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, ao mesmo tempo em que diminuem os custos operacionais e aumentam o valor do investimento para os proprietários. A crescente demanda por construções até 2050 reforça a importância de considerar edificações sustentáveis para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
Apesar do custo inicial cerca de 3% maior para construir edifícios verdes em comparação com os convencionais, Liliani destacou que o retorno financeiro ocorre em cerca de três anos ou menos, o que se traduz em diversos casos de negócios favoráveis.
Iniciativas como melhores condições de acesso ao financiamento verde, incentivos governamentais e a economia nos custos operacionais têm o potencial de impulsionar ainda mais a rentabilidade dos edifícios verdes. O Programa de Transformação de Mercado para Edifícios Sustentáveis, implementado pela IFC na América Latina e chegando ao Brasil em 2022, em parceria com a CBIC, tem contribuído para essa transformação.
A CBIC enfatiza que a conscientização sobre a importância desses elementos não apenas preserva o meio ambiente, mas também resulta em vantagens econômicas e sociais a longo prazo. Investir em práticas construtivas sustentáveis é considerado uma estratégia impactante, econômica e indispensável para moldar o futuro da indústria da construção, conforme concluiu Nilson Sarti. Essa abordagem está alinhada ao projeto “Cenários e Transição para uma Economia da Indústria da Construção de Baixo Carbono” da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).